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Blefarite: o que é, sintomas, causas tratamento, prevenção

Blefarite: o que é, sintomas, causas tratamento, prevenção

Acordar pela manhã com os olhos pegajosos, inchados e com comichão podem tornar o começo de dia de qualquer indivíduo uma experiência desagradável. Estes são apenas alguns dos primeiros sinais que indicam estar perante uma Blefarite!

Esta doença tem vindo a afetar cerca de 30% da população portuguesa e como já demos a conhecer esta doença ocular pode ser extremamente desconfortável. Felizmente, não é contagiosa e geralmente não causa nenhum dano a longo prazo nos olhos. Contudo, em casos crónicos, além de exigir cuidados especiais, as alterações das pálpebras podem aumentar o risco de formação de terçolhos ou de lesões quísticas.

Neste artigo vamos aprofundar esta doença abordando os seguintes tópicos:  o que é a blefarite, tipos, sintomas, causas, tratamento e métodos de prevenção.

O que é a blefarite?

Em suma, a blefarite corresponde a uma inflamação da margem das pálpebras.

As pálpebras são as dobras de pele que cobrem os olhos e os protegem de detritos e lesões. Estas contêm cílios com folículos pilosos curtos e curvos na borda, também conhecidos por pestanas. Esses folículos contêm glândulas sebáceas que por vezes podem entupir ou ficar irritadas, ação que pode desencadear distúrbios nas pálpebras. Um desses distúrbios é designado por blefarite ou inflamação das pálpebras.

As pálpebras dividem-se do seguinte modo:

Anterior: (mais superficial, onde nascem as pestanas)

Posterior: (mais profunda, associada a uma disfunção das glândulas de Meibomius localizadas no interior das pálpebras)

Tipos de blefarite

Sabendo que as pálpebras dividem-se em dois (anterior e posterior). É legítimo que haja também dois tipos diferentes de blefarite, que são determinados pela localização da inflamação e pela causa por trás dela. Ocasionalmente, um paciente pode ser afetado por ambos os tipos e em simultâneo. Quando a última acontece, é designado como blefarite mista.

  • Blefarite anterior: a pele ao redor da base dos cílios é afetada. Esta é frequentemente causada por dermatite, durante a qual a pele escamosa bloqueia as glândulas meibomianas que estão na pálpebra. Alternativamente, também pode ser causado por uma reação alérgica à bactéria Estafilococo aureus (Staphylococus aureus), que está presente em na nossa pele, mas normalmente é inofensiva.
  • Blefarite posterior: as glândulas meibomianas atrás da base dos cílios ficam bloqueadas por flocos de pele, bactérias ou outros detritos. As pessoas que sofrem de rosácea são particularmente propensas a este tipo de distúrbio.

Quais as causas para a inflamação das pálpebras

A causa exata da inflamação das pálpebras nem sempre pode ser determinada, mas diferentes fatores podem aumentar o risco de ser afetado pela blefarite. Por exemplo, se tiver caspa no couro cabeludo ou nas sobrancelhas, uma reação alérgica à maquilhagem ou outros produtos cosméticos que possa aplicar ao redor dos olhos, desencadeando assim a inflamação das pálpebras e estas são apenas algumas das causas possíveis!

Há ainda outros fatores de risco para o surgimento da blefarite:

  • Ter ácaros ou piolhos nos cílios
  • Infecção bacteriana
  • Efeitos colaterais de medicamentos
  • Uma glândula de óleo entupida ou com defeito
  • Rosácea
  • Olhos secos

 

Quais são os sintomas da blefarite?

A maioria dos pacientes relata que os sintomas da blefarite são consideravelmente piores após o sono, pois as pálpebras ficam fechadas por um longo período, o que permite que o óleo e os detritos se acumulem ao longo da borda das pálpebras.

Os principais sintomas associados a esta condição são:

  • Comichão
  • Pálpebras inchadas
  • Pálpebras vermelhas ou inflamadas
  • Sensação de ardor nos olhos
  • Pálpebras oleosas
  • Sensação de corpo estranho
  • Olhos vermelhos
  • Crosta nos cílios ou nos cantos dos olhos
  • Sensibilidade à luz (fotofobia)

A blefarite pode também causar problemas mais sérios, como:

  • Visão embaçada
  • Cílios que caem
  • Cílios que crescem na direção errada
  • Inchaço em outras partes do olho, como a córnea

Neste sentido, perante estes sintomas apelamos a que consulte um médico oftalmologista com carácter de urgência!

 

Como é diagnosticada a blefarite?

Um médico oftalmologista pode diagnosticar a blefarite através de um simples exame de observação do seu olho. O médico pode também examinar as pálpebras recorrendo à utilização de um acessório de ampliação especializado. Este exame oftalmológico verifica se há inflamação nos olhos, bem como a presença de bactérias, fungos ou vírus, o que pode indicar uma infecção.

Se houver de facto sintomas de uma infecção, o médico irá recolher do seu olho uma amostra para que possa ser examinada ao microscópio.

Qual é o tratamento para a blefarite?

A melhor forma de tratar a blefarite é manter as pálpebras limpas e livres de crostas. Usando água e um limpador suave (como shampoo de bebé) para limpar as pálpebras e remover as crostas todos os dias.

Passo a passo para limpar as pálpebras quando se tem blefarite:

  1. Lavar as mãos com sabão e água.
  2. Misturar água morna com um limpador suave, como shampoo de bebé.
  3. Mergulhar um pano limpo e macio ou um cotonete nessa mistura.
  4. Pressionar o pano contra o olho fechado por alguns minutos para amolecer e soltar as crostas. Isto também pode ajudar a evitar o entupimento das glândulas sebáceas.
  5. Esfregar suavemente com o pano ou cotonete para a frente e para trás, concentrando-se na área onde os seus cílios (pestanas) encontram as suas pálpebras.
  6. Lavar o olho com água limpa.
  7. Repetir estas etapas no outro olho usando um novo pano ou cotonete.

Existem outras opções de tratamento que podem ajudar a controlar a blefarite. Neste caso, é fundamental ser um oftalmologista a indicar qual o melhor tratamento para a sua condição.

Algumas das opções que podem ser sugeridas pelo médico oftalmologista são:

Antibióticos – A aplicação de uma pomada antibiótica prescrita, como bacitracina oftálmica, na pálpebra ou o uso de colírios antibióticos prescritos. Estes podem ajudar a resolver a infecção bacteriana e diminuir a irritação. Às vezes, um antibiótico oral é prescrito para casos mais persistentes.

Anti-inflamatórios – Um colírio ou creme pode ser adicionado ao seu tratamento se o seu oftalmologista achar que necessita de um medicamento mais forte. Os esteróides são prescritos para reduzir a inflamação. E em alguns casos, antibióticos e anti-inflamatórios são prescritos para tratar condições subjacentes ou infecções secundárias.

Imunomoduladores – A adição de um medicamento imunomodulador, como a Ciclosporina Oftálmica em casos de blefarite posterior, demonstra reduzir a inflamação. Estes medicamentos bloqueiam a resposta imune natural do corpo e, portanto, reduzem a inflamação.

Tratamento da causa – É importante tratar as causas que desencadeiam a blefarite, além de aliviar os sintomas. Condições da pele – como caspa – ou doenças oculares – como olho seco – podem levar à blefarite recorrente com maior frequência. Nestes casos, um shampoo anticaspa ou colírio para olhos secos pode ajudar.

 

  • Colírio – O médico pode prescrever colírios esteróides para controlar a vermelhidão, inchaço e irritação. Pode ainda ser recomendado um tipo de colírio chamado de lágrimas artificiais.
  • Medicamentos que combatem a infecção – Se sua blefarite for causada por bactérias, seu médico pode prescrever colírios, pomadas ou pílulas antibióticas.
  • Tratamento de outros problemas de saúde – Se outro problema de saúde, como rosácea ou caspa, estiver causando sua blefarite, o tratamento dessa condição ajudará.
  • A blefarite geralmente não desaparece completamente – Você precisará seguir uma rotina para limpar as pálpebras pelo resto da vida para mantê-la sob controle.

 

Como prevenir a blefarite?

Geralmente os casos de blefarite não são evitáveis, mas podemos tomar algumas medidas de prevenção. Ainda assim, há alguns fatores de risco, como certas condições da pele, que estão além do nosso controle. Mas para minimizar os sintomas da blefarite, partilhamos algumas ações que pode facilmente implementar no seu dia-a-dia:

  • Manter as mãos e o rosto limpos.
  • Resistir ao desejo de tocar nos olhos/rosto diretamente com os dedos ao primeiro sinal de comichão. Utilize um lenço limpo, se necessário.
  • Remover toda a maquiagem dos olhos antes de dormir.
  • Limpar o excesso de lágrimas ou colírio com um lenço de papel limpo.
  • Utilize óculos em vez de lentes de contato até que a condição desapareça.
  • Substitua os recipientes de maquiagem, seja delineador, sombra ou rímel, pois as bactérias podem se alojar dentro do recipiente antigo e certamente não deseja desencadear uma reinfecção.

Conclusão, se está a sofrer com sintomas da blefarite, e não sente melhoras, recomendamos agendar uma consulta de oftalmologia com carácter de urgência! Na nossa clínica oftalmológica colocamos à sua disposição um corpo clínico profissional e altamente qualificado no diagnóstico e tratamento de várias doenças oculares e prontos para esclarecer as suas dúvidas se assim o desejar basta utilizar o nosso Whatsapp 969 884 965 (chamada para rede móvel nacional) ou contacto direto 222 026 669 – 919 870 967 (chamada para rede fixa e móvel nacional). Os nossos profissionais altamente qualificados vão esclarecer as suas dúvidas.

Confie a sua saúde visual a quem, melhor do que ninguém, conhece os seus olhos!