O Astigmatismo é nada mais do que uma imperfeição comum causada por um erro na forma da córnea que faz com que a visão fique embaçada ou distorcida. Ou seja, o indivíduo que sofre de astigmatismo, a lente do seu olho ou a córnea, que é a superfície frontal do olho, tem uma curva irregular. Esta imperfeição pode alterar a forma como os raios de luz penetram na retina resultando nos sinais acima referidos.
A hipermetropia e a miopia são outros dois tipos de erro refrativo relacionados com o modo em como a luz penetra para a retina.
Felizmente, hoje em dia os oftalmologistas conseguem realizar o diagnóstico precoce e, desta forma, garantir que o paciente não tenha dificuldades de visão nas tarefas comuns do quotidiano. E é justamente por isso que a comunidade de oftalmologia procura incansavelmente sensibilizar os portugueses para a importância das consultas regulares.
Em Portugal estima-se que cerca de 20% das crianças e metade da população adulta sofram de erros refrativos significativos, incluindo o astigmatismo.
Assim sendo, neste artigo, aprofundamos este erro refrativo, incluindo os tipos, fatores de risco, como é diagnosticado e o seu tratamento.
Mas antes, não podíamos deixar de responder a uma das questões com maior quantidade de pesquisa na Internet. É habitual confundir-se miopia e astigmatismo. Assim, neste contexto, vamos já de seguida explicar a diferença entre ambos erros refrativos.
Qual a diferença entre miopia e astigmatismo?
Resumidamente, a miopia conforme acima referido é também um distúrbio refrativo que faz com que o indivíduo tenha dificuldade em focar objetos que estão a uma distância maior. A título de exemplo, durante o acto de conduzir o indivíduo sente dificuldade em ler as placas de sinalização.
Por outro lado, o astigmatismo, faz com que o indivíduo não tenha capacidade de focar objetos nas duas distâncias, ao perto e ao longe.
De salientar que ambos os erros refrativos são extremamente comuns e mais ainda, há pessoas que desenvolvem os dois. Ou seja, tanto a miopia como o astigmatismo.
Uma vez esclarecida a dúvida voltamos ao assunto principal deste artigo – o astigmatismo.
Quais são os diferentes tipos de astigmatismo?
Os dois principais tipos de astigmatismo são o corneano e o lenticular. Um dos astigmatismo da córnea acontece quando há uma imperfeição ou distorção na córnea. Um astigmatismo lenticular acontece quando há uma distorção na lente.
Por vezes, o astigmatismo pode também ser descrito como regular ou irregular.
- Astigmatismo regular: surge quando o olho não está completamente curvado. Então, em vez de ser redondo como uma bola, pode ter a forma de uma bola oval. Esta forma geralmente causa a visão embaçada e distorcida.
- Astigmatismo irregular: é menos comum, também surge quando o olho não é completamente redondo. Mas, ao contrário de um astigmatismo regular, onde o olho é uniformemente deformado, um astigmatismo irregular tem uma curvatura desigual. Esta imperfeição também causa a visão distorcida e embaçada.
O que causa o astigmatismo?
Na verdade, não se sabe qual a causa do astigmatismo, mas a genética é um enorme fator. Ou seja, é bastante comum a sua presença no nascimento, mas também pode desenvolver-se mais tarde durante o correr da vida. Também pode surgir como resultado de uma lesão no olho ou após uma cirurgia ocular. O astigmatismo está quase sempre associado à miopia ou à hipermetropia.
Porém, às vezes, uma condição rara designada por Ceratocone causa astigmatismo. Esta doença ocular afeta a córnea, levando o tecido transparente da córnea a ficar mais fino e saliente. Causando assim, a visão embaçada e sensibilidade a luzes brilhantes.
Em suma, a causa do ceratocone também é desconhecida, mas acredita-se que também seja hereditária.
Quem está em risco de astigmatismo?
Como já referido, o astigmatismo pode atingir desde o nascimento ou durante o correr da vida, ou seja, tanto crianças como adultos não estão livres de sofrerem com esta doença refrativa. O risco de desenvolver astigmatismo pode ser maior se experienciar algum dos seguintes sinais:
- Histórico familiar de astigmatismo ou outros distúrbios oculares, como ceratocone (degeneração da córnea);
- Cicatrizes ou afinamento da córnea;
- Miopia extrema, que cria visão embaçada à distância;
- Hipermetropia excessiva, que causa visão ao perto embaçada;
- Histórico de certos tipos de cirurgia ocular, como cirurgia de catarata.
Quais são os sintomas do astigmatismo?
Os sintomas desta doença refrativa podem diferir em cada pessoa. Algumas pessoas não apresentam nenhum sintoma. Os principais sintomas do astigmatismo incluem:
- Visão embaçada, distorcida ou difusa em todas as distâncias (perto e ao longe);
- Dificuldade em ver à noite;
- Fadiga ocular;
- Dor de olhos e cabeça;
- Irritação ocular;
- Fotofobia;
Caso tenha algum destes sintomas acima listados, e dado que alguns destes podem também ser devido a outros problemas oculares, sugerimos que consulte um médico oftalmologista, por forma a obter um diagnóstico rigoroso.
Como é diagnosticado o astigmatismo?
O diagnóstico é obtido através de um exame oftalmológico abrangente que pode ser realizado através de um optometrista ou oftalmologista.
Sendo esta uma outra das dúvidas que habitualmente surge na Internet, é importante realçar que um optometrista é um médico que diagnostica problemas de visão e doenças oculares. Enquanto, um oftalmologista é um médico que fornece o tratamento médico e cirúrgico aos problemas de visão e doenças oculares.
Existem vários testes que podem ser usados durante o exame oftalmológico para diagnosticar o astigmatismo, listamos já de seguida os que mais se destacam:
1. Teste de avaliação da acuidade visual
Durante um teste de avaliação da acuidade visual, o seu médico vai pedir que leia as letras de uma tabela (a tabela mais utilizada é conhecida por Tabela de Snellen) a uma distância específica para determinar a sua capacidade em ver as letras ou números,.
2. Teste de refração
O exame de refração utiliza um equipamento designado por auto refrator. O equipamento possui várias lentes de vidro corretivas de diferentes intensidades. Assim, o seu médico irá pedir que leia uma tabela enquanto olha através de lentes de diferentes intensidades no auto refrator. E assim, esta ação vai permitir identificar uma lente que corrige adequadamente a sua visão.
3. Ceratometria
A ceratometria é uma técnica que se utiliza para medir a curvatura da superfície anterior da córnea, e deste modo conhecer o grau de astigmatismo. A informação obtida através da ceratometria é fundamental, em pacientes que apresentam um reflexo retinoscópio insuficiente pela existência de opacidades nos meios intra-oculares.
Como é realizado o tratamento?
Os casos que apresentem uma condição ligeira de astigmatismo podem não necessitar de tratamento. Contudo, geralmente em outros tipos de condição o médico oftalmologista pode tratar o astigmatismo, recorrendo à utilização de um dos seguintes métodos:
Lentes correctivas
Os óculos graduados e lentes de contacto prescritos por um médico são os tratamentos mais comuns e menos invasivos para este erro refrativo.
Ortoqueratologia (Ortho-K)
Ortoqueratologia, mais conhecida como Ortho-K é um tratamento que utiliza lentes de contacto rígidas para corrigir temporariamente a curvatura irregular da córnea. Usará lentes de contacto terapêuticas apenas durante o período da noite permitindo que consiga ver depois durante o dia sem o uso de qualquer compensação ótica.
Algumas pessoas têm uma visão eficaz durante o dia sem lentes corretivas quando se submetem ao Ortho-K. Os benefícios deste tratamento (Ortho-K) só estão presentes quando o utilizar. No entanto, assim que deixar de o utilizar, a sua visão tenderá a voltar ao seu estado anterior ao tratamento..
Cirurgia refractiva
O seu médico pode recomendar uma cirurgia refractiva se reunir todas as condições. Este tipo de cirurgia envolve a utilização de lasers ou pequenas facas para remodelar a sua córnea. Isto vai corrigir permanentemente o seu astigmatismo.
Em conclusão, ao verificar visão desfocada ou embaçada, se confundir letras semelhantes, como H, M ou N, sentir cansaço extremo durante a leitura ou ainda, sensibilidade excessiva à luz, deve consultar um médico oftalmologista por forma a obter um diagnóstico e um tratamento precoce!
Se desejar saber mais informações pode utilizar o nosso Whatsapp 969 884 965 (chamada para rede móvel nacional) ou contacto direto 222 026 669 – 919 870 967 (chamada para rede fixa e móvel nacional), onde os nossos profissionais altamente qualificados vão esclarecer as suas dúvidas.
Confie a sua saúde visual a quem, melhor do que ninguém, conhece os seus olhos!
